Nossas dicas: Diário Musical

marca álvaroO Nossas Dicas de hoje traz o Diário Musical, um projeto audiovisual caseiro idealizado pela jornalista e estudante de Música Clara Albuquerque e realizado por ela em parceria com Joanna Karollinny, também estudante de Música. Trata-se de videoclipes cover em formato acústico produzido e filmado pelas estudantes, alguns em parceria com amigos, que são acompanhados por reflexões ou histórias da vida delas cujo ponto de partida é a música. “A ideia surgiu de uma vontade minha de dividir com as pessoas reflexões, aprendizados e histórias que a música provoca em mim. Então, estamos pautadas em um repertório que não está preso a um estilo, mas que diz muito sobre nós, é o que gostamos, é o que nos provoca uma reflexão, é o que marcou nossa história”, conta Clara.

O objetivo principal do Diário é demonstrar que a música não se restringe a um conjunto de notas sucessivas ou simultâneas. “A música, para mim, transcende uma harmonia ou melodia bonitas, ela passa uma mensagem, ela marca um momento, ela aborda um tema que nos faz pensar”, diz Clara.

1903028_653412871384696_826288779_nA dupla iniciou no dia 19 de janeiro deste ano e pretende explorar a experiência do universo acústico da música, aprender bastante com isso e contar muitas histórias. Antes ou depois de cada clipe, é lançada uma reflexão através de uma conversa com o público que já assumiu o formato de texto e vídeo, num sistema que reúne dois formatos muito utilizados pelos usuários do Youtube: o vlog e o cover. É como se um diário fosse escrito a partir das músicas contempladas. O canal, disponível no Youtube, é separado por capítulos temáticos como “Minhas histórias com os amores frustrados” e “O que aprendi na vida” onde cada música representa uma página (que pode ser compreendida como um episódio), montando diferentes playlists.

O Diário teve início na casa de Clara e, depois, passou a assumir o formato de clipes, inclusive com gravações externas. A dupla explica que o material utilizado para as gravações é amador, contudo, o projeto é pensado de uma maneira séria e, ao mesmo tempo, divertida para o público.

Os vídeos são postados, semanalmente, às segundas-feiras. Até agora, as meninas contemplaram diversos nomes da MPB como Claudio Zoli, Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Ricardo Feghali, Belchior e Cartola.

O público é, sempre, convidado a interagir, se inscrevendo no canal, trocando ideias, dividindo algum episódio de suas vidas e pedindo músicas nos comentários dos vídeos e nas redes sociais. “Adoraríamos receber vídeos das pessoas contando suas histórias com alguma música. A gente pode bolar um vídeo a partir desse vídeo e, ainda, colocar o fã como participante especial. Posta aí, gente!”, convida Clara.

Recentemente, o projeto iniciou parcerias com músicos convidados. O Diário já recebeu o violonista e estudante de Música Janilson Santos e o percussionista Mestre Lua. As parcerias devem continuar nos próximos vídeos. “Quem quiser ter o Diário no seu evento pode, também, entrar em contato conosco. Além dos trabalhos em festas, podemos levar nosso show para quem quiser ver”, diz Clara.

Abaixo, o mais recente vídeo do projeto. Confira!

Serviço:

Endereço do canal: youtube.com/musicaldiario

Contato do projeto: musicaldiario@gmail.com

Fanpage: facebook.com/musicalldiario / Soundcloud: soundcloud.com/di-rio-musical

Twitter: @musicaldiario / Google+: Diário Musical

Nossas Dicas: Música brasileira e jazz – o outro lado da história

Por Clara Albuquerque (DRT/PE 4916)

O Nossas dicas de hoje traz, a você, o artigo Música brasileira e jazz – o outro lado da história, de André Luis Scarabelot que, em ocasião de uma fase de estudos para o mestrado, nos Estados Unidos, teve um contato mais próximo com músicos de jazz e fez uma pesquisa para descobrir a influência da música brasileira nesses músicos. Musicalmente falando, ele assume a Bossa Nova como um “elemento de exportação” da nossa cultura.

Para realizar a pesquisa, André fez entrevistas com os músicos norte-americanos, todos professores do California Institute of the Arts (Calarts)/EUA, estudou bibliografias discográficas e, também, se utilizou da internet. O autor remonta aos anos 1920 provando que, nessa época, o jazz já era muito presente no nosso país e que se intensificou com a ocorrência no New Deal, nos Estados Unidos. Sendo assim, ele afirma que a Bossa Nova foi a síntese de um conjunto de processos individuais e coletivos que vinham se desenvolvendo na música popular brasileira. Coletivamente, era como se todos os músicos estivesse a procura de novidades musicais. Já no âmbito individual, André transcorre por detalhes do trabalho de alguns músicos atuantes do movimento bossa nova como João Gilberto e Tom Jobim.

André toma como referência os ideais modernistas de Oswald de Andrade, como a antropofagia, para fazer analogia entre a música brasileira e o jazz. A antropofagia traz a ideia da “deglutição” e absorção do “inimigo” para superá-lo. Ele afirma que, com o surgimento da bossa nova, o país estava dizendo não à importação e se apoderando de elementos estrangeiros para criar um produto único que poderia ser exportado.

A boa novidade é que você pode conferir o artigo, na íntegra, aqui, mesmo, na internet. Acesse: http://www.revista.art.br/site-numero-03/trabalhos/07.htm e aproveite! Boa leitura!

Nossas dicas: CD Bossa Nova Sinfônico

Por Clara Albuquerque
DRT/PE 4916

cd bossa nova sinfônicoHoje, a nossa dica é o CD Bossa Nova Sinfônico com a Orquestra Sinfônica de Costa Rica sob a direção de Jeremy Fox. O CD, lançado no ano passado, deriva de dois concertos, realizados no país que dá nome ao CD. O projeto foi idealizado, em 2012, pela cantora Rose Max e pelo violonista Ramatis Moraes, ambos cariocas que moram em Miami. Com o objetivo de homenagear o maestro Antonio Carlos Jobim, conhecido em todo o mundo, eles apresentaram a ideia ao maestro norte-americano, também radicado em Miami, Jeremy Fox, que havia concluído doutorado em música-composição-regência na Universidade de Miami-UM, cuja tese defendida abordava a música brasileira. Jeremy escreveu os arranjos e atuou como regente no projeto. Consequentemente, o Bossa Nova Sinfônico foi apresentado e aprovado por Guillermo Madriz, diretor geral do Centro Nacional de la Musica, um teatro de grande prestígio que fica no centro da cidade de San Jose, capital da Costa Rica.

O CD foi gravado ao vivo e executado por um quarteto de base jazzística: Ramatis – violão, Jamie Ousley – baixo acústico, Michael Orta – piano e Carlomagno Araya – bateria. Rose Max faz a voz principal e a Orquestra Sinfônica Nacional da Costa Rica só abrilhanta a apresentação. Bossa Nova Sinfônico, também, conta com arranjos do brasileiro Rafael Piccolotto de Lim, de Claus Ogerman e Michael O. Hurwitz. Carlomagno Araya fez a produção musical e o Centro Nacional da Música de Costa Rica a produção executiva.

A sonoridade é impecável, emociona e só aumenta a paixão pela obra de Tom Jobim. É um produto que vale a pena ter!

Abaixo, o link de uma das músicas executadas no CD para você apreciar:

Nossas dicas: Adam Del Monte

Por Clara Albuquerque
DRT/PE 4916

adam-del-monteO Nossas Dicas de hoje convida você a conhecer o trabalho do violonista Adam Del Monte. O músico é um destaque da nova geração no violão erudito com uma forte dinâmica, especialmente, no flamenco. Com formação musical na Espanha, Israel e Inglaterra, Adam já conquistou diversas premiações. Dentre elas o Grammy na ópera Ainadamar de Osvaldo Golijov, em 2006. Também, trabalhou com trilhas para filmes como o Munique de Steven Spielberg.

Disponibilizamos, a você, o link do site oficial do músico e um vídeo de sua interpretação da música Cordoba, de Isaac Albeniz.

http://www.adamdelmonte.com/

Nossas dicas: Violão Ibérico, um livro fascinante

Por Clara Albuquerque
DRT/PE 4916

17012014-violão ibéricoA dica de hoje é a leitura do livro Violão Ibérico do jornalista espanhol Carlos Galilea. A obra tem uma leitura deliciosa, com um texto bem fluido e conta a historia desse instrumento que é um dos mais (se não o mais) popular em nosso país. O autor traz entrevistas interessantíssimas com músicos que têm no violão a maioria das construções de seu trabalho como Lenine, Gilberto Gil e João Bosco.

Vale a pena ler e saber por onde esse instrumento viajou, que tipo de musicalidade exerceu em seu surgimento até chegar ao samba e chorinho. Patrocinado pela Vale com realização do Ministério da Cultura, o livro traz um belo visual e arquivos lindos de fotografia. Segue o texto da contracapa para você ficar com mais vontade de ler:

Há mais de 500 anos, um instrumento de cordas viajou desde a Península Ibérica até o Brasil. Já frequentou os palácios e os bordéis e vive na rua e nas salas de concerto. Nas mãos de Garoto e Baden Powell, no colo de Tárrega e Segovia, nos dedos de Raphael Rabello e Paco de Lucia, com os trovadores contemporâneos que nos encantam com ele, tornou-se o mais querido e democrático dos instrumentos. Violão Ibérico conta essa historia.